O evento contou inicialmente com uma entrevista feita pelos professores Sinvaldo Souza e João Landeiro, com a funcionária Suzana, do setor administrativo do Cemitério, quando entregamos cópias dos manuscritos originais dos atestados de óbito de Augusta Candiani e do seu terceiro marido, Bartolomeu Magalhães, além da reportagem publicada pelo Jornal “O Dia”, edição de 7 de junho de 2023, assinada pela jornalista Anna Clara Sancho, com fotos de Cleber Mendes, contendo diversas informações sobre o projeto da Casa-Museu e do Centro de Resistência da Mulher.
Todo o material e outras informações documentais, serão repassadas à Srª. Jorgiane, administradora do Cemitério de Santa Cruz, com o propósito de contribuir para a localização do ponto exato onde foram sepultados os corpos da Augusta Candiani e do Bartolomeu Magalhães.
Ao iniciar o “Necrotour”, o professor Sinvaldo fez um breve relato histórico, se reportando ao primeiro cemitério existente em Santa Cruz, localizado nas proximidades do antigo convento dos padres jesuítas, depois palácio real e imperial de Santa Cruz, hoje quartel do Primeiro Batalhão de Engenharia de Combate (Escola), Batalhão Villagran Cabrita, lembrando ainda que também era usual que ocorressem sepultamentos dos sacerdotes, pessoas ligadas à igreja e membros da nobreza, da aristocracia, e da elite econômica, no subsolo da nave principal da capela.
Coube ao professor Adinalzir Pereira Lamego mostrar cópia da foto de 1885, da coleção Dom Pedro II,da Biblioteca Nacional, do palacete do Matadouro de Santa Cruz, onde aparece em destaque o pórtico do antigo cemitério.
Com relação aos túmulos, jazigos e sepulturas, o professor Sinvaldo relacionou pelo menos quatro categorias diferentes, pretendendo demonstrar que, mesmo após o falecimento, ainda prevalece a divisão das classes sociais. Foram enumeradas e exemplificadas, as capelas mortuárias, jazigos, tumbas e covas, tanto aquelas classificadas como rasas, ou às destinadas ao enterro de indigentes.
A pesquisa de campo que os membros da Casa-Museu e do Centro de Resistência da Mulher Augusta Candiani puderam realizar neste final de semana, contou com a inestimável parceria e colaboração do escritor, professor e historiador Guaraci Rosa, que obteve cópias de importantes documentos relacionados aos óbitos, casamentos e nascimentos de pessoas ligadas à genealogia de Augusta Candiani.
Participaram do “Necrotour” os professores Adinalzir Pereira Lamego (Representante do NOPH Ecomuseu de Santa Cruz) , João Landeiro, Denis Lourenço e Sinvaldo Souza.
Agradecemos à funcionária Rita, da Secretaria de Conservação da Prefeitura do Rio, senhor Carlos Suevo, coordenador da Coordenadoria de Cemitérios, Anderson e Suzana, do atendimento administrativo do cemitério de Santa Cruz, pela simpatia, atenção e ajuda, tornando possível que o “Necrotour” fosse realizado com total sucesso.
Postagem compartilhada da Casa Museu Augusta Candiani
Por @augustacandiani